sábado, 28 de novembro de 2009

Lampejos de bondade



Todos, temos lampejos de bondade. Vez por outra nos pegamos fazendo coisas louváveis, e em muitas vezes, sem fazer muito esforço para isso. Sentimo-nos amados, amantes, importantes e até mesmo altruístas quando agimos com alguns atos de nobreza.
Não é difícil também encontrarmos pessoas assim. Bondosas, piedosas que estão dispostas a ajudar, gente que muitas vezes não tem aparentemente muito para oferecer mas que conseguem ainda sobressair-se nesse mundo corrompido.
Mas como homens (seres humanos), somos todos iguais. Todos somos inclináveis a desviar-se rapidamente de nossa “boa conduta”. Como meninos que deixa a lição de casa por fazer e vai jogar bola com colegas, nós facilmente abandonamos nossa estabilidade. Isso acontece facilmente quando seres humanos quando se vem diante de três coisas básicas: poder, dinheiro e sucesso.
Quando nos vemos diante do poder, do dinheiro e do sucesso, nós tripudiamos, descarrilamos facilmente do propósito da bondade, da aliança firmada com amigos, das palavras que prometeram hombridade. Ante o poder, o dinheiro e o sucesso, somos impelidos a deixar os valores mais nobres e seguir por um caminho abstruso e inescrupuloso, sendo assim, descaracterizados e muitas vezes, não nos envergonhamos de agir assim. Isso é muito indolente. Vejamos porque.
Em primeiro lugar o poder. O poder dá a chance de manipularmos, de ter o controle e de sermos independente. O poder nos tornar arguto e dono da situação, ele nos dá a sensação de nunca ser mandado, mas apenas de mandar em outros, de não receber uma ordem se quer, mas de conduzimos as pessoas ao nosso querer. Por isso que o poder nas mãos de inconseqüentes, tem causado tantos danos em nosso mundo como temos visto. Dessa forma pensamos: mas se fosse eu, não faria assim. Para dizer a verdade, muitos de nós faríamos pior. Os homens gritantemente abrem mão de palavras faladas para continuarem e granjearem mais e mais poder.
Em segundo lugar o dinheiro. O dinheiro é uma das formas mais fáceis de perceber quem realmente quem está corrompido. Fale em dinheiro perto das pessoas que amam o dinheiro e imediatamente verá a reação delas. Se forem flexíveis, é porque o dinheiro ainda não é sua maior paixão, porém, se forem contundentes, se mudarem de assunto para preservar suas posses, logo verá que estão contaminados por essa raiz que causa toda sorte de males, o amor ao dinheiro. O dinheiro nos faz entender que podemos comprar tudo e todos que queremos. O dinheiro faz o homem (ser humano) sentir-se arrogante, prepotente, orgulhoso e soberbo. Jesus de Nazaré quando andou entre nós, enfaticamente, freneticamente falou contra o amor ao dinheiro. Por causa de dinheiro, igrejas se dividem, rompem com compromissos, deixam de abençoar para serem “abençoadas” quando na verdade estão sendo amaldiçoadas. Por causa de dinheiro, famílias se evaporam, amigos se tornam inimigos, divórcios são assinados e filhos ficam desorientados. Por causa de dinheiro ovelha vira negócio, igreja vira empresa, pastor vira carola, o sagrado vira comércio, o Evangelho vira objeto mercadejante.
Por último o sucesso. O sucesso é um mal que faz as pessoas sentir-se muito importante. Faz sentir o todo e não a parte do todo. A nossa sociedade é baseada nessas coisas e nesses moldes. Você é o cara (ou a mulher), o mundo gira em torno de você, sem você esse negócio não vai, se não fosse você...e assim vai. Isso é terrível. Muitos pensam que quanto mais proeminência, maior será o seu status. Mas não se deixe enganar. Quanto mais proeminência e sucesso as pessoas tem, mas sozinhos elas são. Conheço pessoas que alcançaram o rol da fama, mas que não tem amigos. Vivem rodeadas de bajuladores e bajuladoras, mas que não se relacionam, apenas sugam e são sugadas. O sucesso deixa as pessoas tão importantes que elas pensam que o mundo não seria mundo se elas não existissem (no mundo dela não seria mesmo), mas no mundo em que estamos não é bem assim. O sucesso faz pensar que o mundo gira em nosso redor e em nosso favor e tudo deve nos reverenciar, quando no fundo no fundo não é verdade. Essas coisas não passam de ilusão passageira.
Nós homens somos todos iguais. Correndo alucinadamente em busca daquilo que é vão. O sábio escritor já disse: Vaidade de vaidade, tudo é vaidade. Infelizmente não há mais prioridade nos relacionamentos, no companheirismo, no ombro amigo, na parceria, no subsidio. Não há mais. Ultimamente só à nesse mundo, decepção, desilusão, dissabor e desencanto. Uma hora somos vitimas outra hora somos os algozes.
Mas não deixe que o mundo que está ao seu redor e nem suas próprias falsas expectativas lhe molde e lhe faça desistir de tudo e de todos. Não se renda, lute, ame incondicionalmente, se entregue incondicionalmente, porque foi essa a lição que Jesus de Nazaré nos deixou. Se chegarmos a essa conscientização, mostraremos que podemos mudar, podemos ainda melhorar, e investir, mesmo que venhamos enfrentar mais decepções, desilusões, dissabores e desencantos, pois somos homens (humanos) e lhe damos com homens (humanos). Não tenha medo, perdoe aqueles que por causa de poder, dinheiro e sucesso lhe fizeram e ainda lhe fazem sofrer e chorar e acredite, Deus ama aqueles que busca a justiça, a misericórdia e o amor. E tenha coragem de fazer como o apostolo Paulo que mesmo tendo consciência que quanto mais amasse, menos seria amado, tomou a decisão de amar e se deixar gastar por amor as pessoas. Tire a roupa de vitima e siga adiante. O passado de dor e lágrima não existe, são apenas lembranças. Somente lembranças.

Paz seja convosco!

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