sábado, 28 de novembro de 2009

Em busca da felicidade



Acredito que todos nós vivemos em uma busca desenfreada atrás da felicidade. A felicidade em nossos dias tem outras perspectivas diferentes dos séculos passados. Antes, o conhecimento a respeito de Deus era louvado, pois cria-se que ao se achegar mais a Ele, conseqüentemente estaria mais próximo da felicidade.
Os valores mudaram, Deus, e conseqüentemente, a religião, foram postos de lado e o homem passou a tomar o lugar de notoriedade. A religião tornou-se antropocêntrica e o sistema mundial proclamou “a morte de Deus”. Nietzsche entrou o século XX dizendo: “Deus está morto”. Querendo dizer assim que a humanidade havia matado Deus, com os fundamentos culturais de existência. Ele não queria dizer que Deus estava literalmente morto, mas que os homens estavam ignorando sua existência.
Os dias foram passando e em nossa contemporaneidade a busca pela felicidade se tornou individualista e todos pensam que podem buscá-la e vivê-la sozinhos. Tudo em nossa sociedade aponta para o individuo em sua “magnificência”, usando todos os meios para satisfazer-se e ser feliz, não importando quem vai ser o caminho para isso, mas sim, desde que se alcance a felicidade. Alguns dos que ainda sustentam fé, usam, até mesmo Deus, como uma espécie de “mago”, “guru” ou até mesmo uma “muleta” para conseguir seus objetivos nessa busca.
Convido você nesse instante para refletir comigo se realmente é possível encontrar nesse mundo uma felicidade plena, onde os recursos e o “mundo” caminhem em nosso favor. Acredito piamente que não, principalmente quando se é cristão, e digo isso, daqueles que pelo menos buscam ser autênticos.
Reflita comigo sobre algumas coisas. Será que é possível sentar-se para comer um prato de comida e ficar plenamente satisfeito, sabendo que existem bilhões de crianças que não sabem ao certo que vão ter um pão para comer?
Será que é possível deitar as nossas cabeças em nossos travesseiros, completamente satisfeitos, e saber que em vários lugares do mundo há pessoas que não tem onde reclinar a cabeça, nem um abrigo para se esconder?
Será que é possível gastar nossas “riquezas” com aquilo que não é pão, enquanto diariamente há crianças morrendo na miséria em paises que vivem em condições sub-humanas?
Será que é possível desperdiçar horas riquíssimas com muitas coisas que não edificam, sabendo que há pessoas em leitos de hospitais, precisando de voluntários que possam estender uma mão em suas direções?
Será que é possível freqüentar igrejas que fazem “campanhas” para atender os caprichos de gulosos consumidores religiosos e saber que há milhões de milhões de pessoas que desconhecem completamente a mensagem do Evangelho?
Será que é possível usar todos os meios, legais ou ilegais, em busca de riqueza e bens de consumo, sabendo que em pleno século XXI há uma máquina capitalista que arruína com os desfavorecidos e enaltece os “espertos”? Que esmaga os pobres e miseráveis e enriquece os governantes corruptos?
Se, é, possível ser completamente feliz em meio a todo esse paradoxo, não serão os que estão nos pedestais e promovem a destruição que estão vivendo felizes, pois esses, aqui, já receberam a paga dos seus desejos.
Não se deixe enganar, a maioria das coisas onde as pessoas acham que vão encontrar a felicidade está completamente invertida com os valores prezados pelo Reino de Deus e ensinado pelo nosso Senhor Jesus.
Segundo o que Jesus disse, são outras categorias de gente que realmente são felizes. Essas foram às palavras dele:
“Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.
Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês.
Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês”
(Mateus 5. 3-12).
Busque a felicidade e seja feliz. E, que o Senhor tenha misericórdia de nós.
Paz seja convosco!

Fazendo Tudo pra Jesus Gostar de Mim


Shalom!
Por esses dias terminei de ler o livro Decepcionados com a Graça, de autoria do pastor Paulo Romeiro. No livro ele trata das questões intrigantes que ocorrem nas igrejas Neopentecostais e que levam muitos a se decepcionarem com a fé supostamente cristã propostas por elas.
Mas um outro algo, também me chamou a atenção no livro. Quando o autor cita um corinho que ouviu, no início de sua conversão, muitas crianças cantaram e muitos adultos se juntavam a elas. O corinho dizia:
“Fazendo tudo pra Jesus gostar de mim,
Fazendo tudo pra Jesus gostar de mim,
Eu quero ser fiel até o fim,
Fazendo tudo pra Jesus gostar de mim”¹.
Obviamente o autor rechaça esse pensamento transmitido por esse corinho, pena que essa não seja a realidade no meio cristão de forma geral.
Desde infância, as crianças, mesmo sendo de forma inconsciente são ensinadas assim. Frases do tipo: não faz isso porque papai do céu não gosta, é comum se ouvir dos lábios de muitos pais, que pensam dessa forma estarem educando bem os seus filhos. Precisamos ter cuidado, porque a crença popular sempre gira em torno desse, “Fazendo tudo pra Jesus gostar de mim”.
Infelizmente nas igrejas, é comum ouvirmos esse tipo de ensinamento. Muitos acreditam que quanto mais ativos formos nas atividades, mais Jesus gostará de nós. Há outros que fazem um moralismo em torno da fé cristã e acham que assim também é possível Jesus gostar da gente ao menos um pouquinho. Ou então, aqueles que acreditam que através das suas longas preces, sacrifícios de jejuns, freqüências nos cultos, mais e mais, fará-nos um pouco mais "atraentes" para Jesus.
Essa ideologia não somente adoece e decepciona a fé, mas também fecha o Reino de Deus para que outros não entrem. Lembremos que uma das censuras que Jesus fez aos fariseus de sua época, que foi: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo” (Mt 23.13).
Quantas pessoas há que vivem nessa busca por Jesus de fazer tudo para Jesus gostar deles. Vivem num abismo sem fim, achando que nunca serão amados por Deus, afinal, nossos padrões de moralidade, espiritualidade, sacrifícios, estão bem longe de tornar-nos mais queridos de Deus. Por isso, que a religiosidade de hoje consegue no lugar de fazer discípulos, fazer reféns. Isso mesmo, reféns de ideologias que seguem o que disse o profeta Isaias: “Por isso o Senhor lhes dirá: Ordem sobre ordem, ordem sobre ordem, regra e mais regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali, para que saiam, caiam de costas, firam-se, fiquem presos no laço e sejam capturados” (Is 28.13).
Não quero com isso, defender a imoralidade, nem ao menos fazer apologia a libertinagem, mas o que quero dizer é que Jesus, nem ao menos gosta de nós pelo que fazemos, pelo contrário, Ele nos ama, porque Ele quis nos amar.
João, o apóstolo do amor já disse a respeito desse amor: “Nós o amamos, porque ele nos amou primeiro” (I Jo 4.19). Não havia e não há nada em nós que possa fazê-lo amar-nos mais, porém, mesmo assim, Ele nos ama com um amor incondicional. E não somente a nós que de alguma forma conhecemos em parte esse amor. Ama também quem não o conhece e quem está longe das rédeas religiosa. O amor de Jesus, é o amor do Bom Samaritano, que abraça o que está caído ao caminho, mesmo que o sacerdote, o pastor, o padre, o levita ou o ministro de louvor o ignore (Lc 10.25-37). O amor de Jesus, é o amor que aceita o pouco que dado com sinceridade (Mt 26.13). O amor de Jesus aceita o inaceitável, e recebe o irrecebível.
Por isso, hoje podemos andar na liberdade do Amado de nossas vidas, que nos ama a despeito de nossas inadequações e inclinações. Nada que fazemos, será para Ele nos amar mais, mas sim, porque somos amados Dele e queremos viver em novidade de vida. Não em busca alucinante e descomedida, mas uma vida de cada dia confiando no amor do Salvador que nos ama e nos quer bem. Não somente a nós, mas as crianças do Darfur, de Angola, da Índia, de toda Ásia, do Congo, do nordeste brasileiro, do mundo. Ama também o leigo, o intelectual, o mendigo, a mulher desprezada em seu lar, na sociedade, ama o que é diferente.
Quando entendemos que não adianta, “Fazer Tudo pra Jesus gostar de mim”, vamos caminhar mais leves, seremos mais relacionáveis e tolerantes com intoleráveis e permitiremos sermos alcançados por esse amor que tira o medo de não sermos aceitos, mas que nos aceita como somos, como disse João: “No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor” (I Jo 4.18).
Ordem e ordem; regra e regra, são para aqueles que não estão aperfeiçoados em amor, porque Deus nos chama para um relacionamento em amor, mas o amor que parte Dele para nós. Como disse Colin S. Smith:
"Você nunca estará pronto para abraçar a Deus completamente até que esteja convencido de que Ele é bom. Você pode submeter-se pela força natural, mas jamais amará pela força natural. Por essa razão é tão importante que Deus o convide a um relacionamento de amor"².
Esqueça as regras e os falsos ensinos que lhe distanciam de Jesus Cristo e olhe para o Seu sacrifício vicário na cruz, de onde emana todo o perdão e a graça que nos aceita para sermos seus.
“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades, o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas, fomos curados” (Is 53.5).
Paz seja convosco!

1.ROMEIRO, Paulo. Decepcionados com a Graça: esperanças e frustrações no Brasil Pentecostal. São Paulo – Sp, Editora Mundo Cristão, 2005. p. 171.
2. SMITH S., Colin. As Dez maiores lutas de sua vida. São Paulo – Editora Vida, 2006, p. 19.

Lampejos de bondade



Todos, temos lampejos de bondade. Vez por outra nos pegamos fazendo coisas louváveis, e em muitas vezes, sem fazer muito esforço para isso. Sentimo-nos amados, amantes, importantes e até mesmo altruístas quando agimos com alguns atos de nobreza.
Não é difícil também encontrarmos pessoas assim. Bondosas, piedosas que estão dispostas a ajudar, gente que muitas vezes não tem aparentemente muito para oferecer mas que conseguem ainda sobressair-se nesse mundo corrompido.
Mas como homens (seres humanos), somos todos iguais. Todos somos inclináveis a desviar-se rapidamente de nossa “boa conduta”. Como meninos que deixa a lição de casa por fazer e vai jogar bola com colegas, nós facilmente abandonamos nossa estabilidade. Isso acontece facilmente quando seres humanos quando se vem diante de três coisas básicas: poder, dinheiro e sucesso.
Quando nos vemos diante do poder, do dinheiro e do sucesso, nós tripudiamos, descarrilamos facilmente do propósito da bondade, da aliança firmada com amigos, das palavras que prometeram hombridade. Ante o poder, o dinheiro e o sucesso, somos impelidos a deixar os valores mais nobres e seguir por um caminho abstruso e inescrupuloso, sendo assim, descaracterizados e muitas vezes, não nos envergonhamos de agir assim. Isso é muito indolente. Vejamos porque.
Em primeiro lugar o poder. O poder dá a chance de manipularmos, de ter o controle e de sermos independente. O poder nos tornar arguto e dono da situação, ele nos dá a sensação de nunca ser mandado, mas apenas de mandar em outros, de não receber uma ordem se quer, mas de conduzimos as pessoas ao nosso querer. Por isso que o poder nas mãos de inconseqüentes, tem causado tantos danos em nosso mundo como temos visto. Dessa forma pensamos: mas se fosse eu, não faria assim. Para dizer a verdade, muitos de nós faríamos pior. Os homens gritantemente abrem mão de palavras faladas para continuarem e granjearem mais e mais poder.
Em segundo lugar o dinheiro. O dinheiro é uma das formas mais fáceis de perceber quem realmente quem está corrompido. Fale em dinheiro perto das pessoas que amam o dinheiro e imediatamente verá a reação delas. Se forem flexíveis, é porque o dinheiro ainda não é sua maior paixão, porém, se forem contundentes, se mudarem de assunto para preservar suas posses, logo verá que estão contaminados por essa raiz que causa toda sorte de males, o amor ao dinheiro. O dinheiro nos faz entender que podemos comprar tudo e todos que queremos. O dinheiro faz o homem (ser humano) sentir-se arrogante, prepotente, orgulhoso e soberbo. Jesus de Nazaré quando andou entre nós, enfaticamente, freneticamente falou contra o amor ao dinheiro. Por causa de dinheiro, igrejas se dividem, rompem com compromissos, deixam de abençoar para serem “abençoadas” quando na verdade estão sendo amaldiçoadas. Por causa de dinheiro, famílias se evaporam, amigos se tornam inimigos, divórcios são assinados e filhos ficam desorientados. Por causa de dinheiro ovelha vira negócio, igreja vira empresa, pastor vira carola, o sagrado vira comércio, o Evangelho vira objeto mercadejante.
Por último o sucesso. O sucesso é um mal que faz as pessoas sentir-se muito importante. Faz sentir o todo e não a parte do todo. A nossa sociedade é baseada nessas coisas e nesses moldes. Você é o cara (ou a mulher), o mundo gira em torno de você, sem você esse negócio não vai, se não fosse você...e assim vai. Isso é terrível. Muitos pensam que quanto mais proeminência, maior será o seu status. Mas não se deixe enganar. Quanto mais proeminência e sucesso as pessoas tem, mas sozinhos elas são. Conheço pessoas que alcançaram o rol da fama, mas que não tem amigos. Vivem rodeadas de bajuladores e bajuladoras, mas que não se relacionam, apenas sugam e são sugadas. O sucesso deixa as pessoas tão importantes que elas pensam que o mundo não seria mundo se elas não existissem (no mundo dela não seria mesmo), mas no mundo em que estamos não é bem assim. O sucesso faz pensar que o mundo gira em nosso redor e em nosso favor e tudo deve nos reverenciar, quando no fundo no fundo não é verdade. Essas coisas não passam de ilusão passageira.
Nós homens somos todos iguais. Correndo alucinadamente em busca daquilo que é vão. O sábio escritor já disse: Vaidade de vaidade, tudo é vaidade. Infelizmente não há mais prioridade nos relacionamentos, no companheirismo, no ombro amigo, na parceria, no subsidio. Não há mais. Ultimamente só à nesse mundo, decepção, desilusão, dissabor e desencanto. Uma hora somos vitimas outra hora somos os algozes.
Mas não deixe que o mundo que está ao seu redor e nem suas próprias falsas expectativas lhe molde e lhe faça desistir de tudo e de todos. Não se renda, lute, ame incondicionalmente, se entregue incondicionalmente, porque foi essa a lição que Jesus de Nazaré nos deixou. Se chegarmos a essa conscientização, mostraremos que podemos mudar, podemos ainda melhorar, e investir, mesmo que venhamos enfrentar mais decepções, desilusões, dissabores e desencantos, pois somos homens (humanos) e lhe damos com homens (humanos). Não tenha medo, perdoe aqueles que por causa de poder, dinheiro e sucesso lhe fizeram e ainda lhe fazem sofrer e chorar e acredite, Deus ama aqueles que busca a justiça, a misericórdia e o amor. E tenha coragem de fazer como o apostolo Paulo que mesmo tendo consciência que quanto mais amasse, menos seria amado, tomou a decisão de amar e se deixar gastar por amor as pessoas. Tire a roupa de vitima e siga adiante. O passado de dor e lágrima não existe, são apenas lembranças. Somente lembranças.

Paz seja convosco!

Que linguagem estamos usando?



Tenho refletido sobre a linguagem que temos a cada dia usado para nos dirigirmos às pessoas dentro e fora da igreja. Fico me perguntando, será que realmente temos falando de forma que elas possam entender? A cada dia percebo que essa linguagem está mais caracterizada com uma falsa esperança revestida de uma religião pragmática.
Estamos usando um linguajar que no lugar de ajudarmos as pessoas, estamos às vezes as confundindo mais. Uma forma de falar que, no lugar de atrairmos, acaba levando as pessoas para longe da verdade. A Teologia da Prosperidade ganhou espaço e irrompeu com força dentro das igrejas cristãs. Ela tem sido difundida com promessas e mais promessas imediatistas que se realmente fossem verdade, todos os simpatizantes do evangelho já estariam com a vida completamente resolvida.
Já tinha parado algumas vezes para rever meus conceitos, desde que havia ingressado no seminário, porém uma das coisas que mais me fizeram refletir sobre os males causados por essas promessas imediatas e frases sem conexão com a realidade, foi em um culto, onde estávamos reunidos e alguém disse para uma irmã: Hoje é o dia da sua vitória. Ao findar o culto, ela me procurou e perguntou o que realmente era a vitória? Eu lhe respondi que depende e muito. Então ela, que havia sido abandonada pelo esposo, que lhe deixara, com dois filhos para criar, me disse: “Para mim a minha vitória é o meu esposo voltar para casa”! Confesso que as suas palavras me comoveram e me despedaçaram. E realmente o esposo não voltou, pelo menos por aqueles dias.
Acredito que seria vão tentar explicar para uma mulher completamente ferida pelas circunstâncias da vida, que Deus queria ensiná-la alguma coisa nesse sofrimento, porque na verdade, à priori, não era isso que ela precisava ouvir. E seguindo a Bíblia, seria mais correto chorar com os que choram.
Já estive conversando com muitas pessoas que estão vivendo uma crise existencial por causa de frases decoradas repetidas por alguns cristãos, palavras sem sentido, promessas irreais e falsas esperanças. Pessoas que foram abordadas por supostos “animadores” que na verdade, causaram mais confusão no lugar de dar orientação, duvida no lugar de esclarecimento, fardo no lugar de alivio, maldição no lugar de benção.
Acredito que precisamos ser mais francos com as pessoas e dizermos para elas que a vida é difícil e que enquanto não passarmos dessa vida para a outra, não haverá descanso nas labutas, não faltarão desencontros, mas as Boas Novas são que nunca estaremos sós, mas Jesus de Nazaré estará conosco nessa jornada.
Precisamos “des-mecanizar” o nosso linguajar para um linguajar mais apropriado para a vida e ainda mais, sermos a verdadeira expressão do amor de Deus. Encarnar as nossas palavras. As pessoas não são parte de um processo que deveria ser mecanizado e nem são uma parte do processo que envolve as nossas vidas em particular. Não! As pessoas são o processo em si mesmo. Por esse motivo elas precisam entender o que estamos dizendo. Não podemos ignorar o fato que as pessoas são o alvo da cruz de Cristo. Foi pelas pessoas, isso mesmo, por gente, que Jesus deu a sua vida na cruz do calvário.
Para isso precisamos entender que estamos lidando com pessoas que tem necessidades, objetivos, frustrações, decepções, dúvidas, encantos, sonhos e idéias. Então, devemos usar uma linguagem do quotidiano, uma linguagem inteligível, sem abstrações. Eugene H. Peterson, diz que às vezes usamos uma linguagem propagandeira, que mais parece esta direcionada a um público desconexo. Ele diz: “É uma linguagem apropriada para multidões de desconhecidos, mas de utilidade duvidosa para transmitir um conteúdo pessoal...”.[1]
Penso que a maioria das pessoas que vão as nossas igrejas acham que nós não somos seres humanos, que não enfrentamos problemas, dificuldades, tentações, desilusões, dores e sofrimentos. Alguns filósofos do passado chegaram a insinuar que a religião no lugar de ajudar as pessoas, as infantilizava. Em vez de ajudar as pessoas a enfrentar a realidade com galhardia, transfere isso apenas uma esperança ilusória.
Como cristãos que somos, devemos nos despir da sabedoria desse século, das frases desconexas com a realidade, do ufanismo religioso que estamos imersos, da vulgarização do sagrado, da linguagem imediatista e ilusória para uma linguagem mais humana e realista, como Jesus o fez. Podemos fazer o que a Bíblia Sagrada nos propõem, usar a linguagem que Jesus usou. E, Paulo deixa isso bem claro, quando diz: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fp 2.5-8).
Qual é a proposta? Jesus se humanizou. E nós também precisamos usar uma linguagem mais humana, que saiba lidar com as aflições e as desventuras das pessoas. Sem circunlóquios e sem emendas, sem falsas esperanças e sem ilusões, sem imediatismo e embustes.
Que linguagem estamos usando? Uma linguagem bem distante da realidade das pessoas do nosso século, impregnada de fantasias ufanista.
Que linguagem precisamos usar? Uma linguagem de gente para gente, de pessoa para pessoa, que encaram a vida como Jesus encarou e não fugiu de nenhum dos dramas que a humanidade enfrenta, nem do seu tempo nem do nosso. Jesus levou as pessoas a sério. E, até os dias atuais, os sofrimentos não mudaram, mas o mesmo Jesus se compadece de todos dizendo: “...Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33).
Paz seja convosco!


(PETERSON, Eugene H. A Maldição do Cristo Genérico, São Paulo, Ed. Mundo Cristão, 2007, ps. 255,256)

Um poço de ansiedade!



Um coração ansioso muitas vezes acompanha o nosso caminhar. Podemos dizer que nossa geração, a geração do fast-food, speedy, da alta tecnologia, de informações em nossas mãos, de segundo em segundo, é uma "fábrica" geradora de homens e mulheres ansiosos. Contudo, quando se trata de mulheres, temos que admitir, com raras exceções, que a ansiedade parece nos pertubar muito mais, com muitas e claras evidências no nosso dia a dia: algumas descontam na alimentação, outras nas compras, na frente do computador, ataca-se a insônia, o nervosismo, irritação, fadiga, pertubações geradas pela dores da ansiedade.
Ouvi de uma mulher que estava para fazer uma viajem internacional, que se apavorou extremamente porque seu esposo a avisou por telefone que sua mala estava passando 2 kilos a mais do limite estabelecido pela companhia áerea, ao chegar em casa no mesmo dia em que soube da notícia que lhe pertubou tanto, gerando nela ansiedade e medo, viu seu marido confortavelmente deitado sobre o sofá descansando de seu dia agitado, tranquilamente, como se absolutamente tudo estivesse sob controle - e realmente estava! Faltando 3 dias para a viajem, ela confessou-me que já estava se levantando as 5h da manhã sem conseguir dormir mais, mesmo que agora suas malas estivessem 1kg abaixo do peso estabelecido. Alguma coincidência com seu dia a dia?
É verdade que todas nós temos níveis diferentes ao sentirmos e expressarmos nossas ansiedades. De certa forma, ela é boa. Nada mais é do que um medo natural que se expressa em nós através de nosso consciente com relação há um futuro pelo qual esperamos, ou não conheçemos. Este medo deveria ser considerado como um alerta, de que algo nos pertuba e deve ser analisado, porém quando se torna excessivo, é abusivo e um ditador agressivo contra nós mesmas. Seu principal problema é que nos paralisa diante das questões corriqueiras do dia a dia. Não conseguimos ver o quadro geral em que estamos inseridas, não o visualizamos em sua totalidade, enxergamos apenas o que está diante de nós evidenciado pelo medo: o problema. Já não vemos soluções, não encontramos saídas, e raramente escutamos o outro. Cegas pelo medo gerado pela ansiedade, nos tornamos irriquietas, nervosas, e procuramos alívio em coisas banais, que geram um prazer momentâneo, como ir às compras, comer, internet, que nada mais são do que fugas!
Para sermos livres deste massacre psicológico temos que enfrentá-lo! Ou com a ajuda de um profissional, ou com muita maestria pessoal, o que é bem delicado. A bíblia contudo nos demonstra uma saída prática. Não me esqueço das palavras de Jesus a Marta:
"Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária" [Lc 10.41]
Uffa! Que alívio pra um coração ansioso, "uma só é necessária", alívio e pertubação ao mesmo tempo! "Como assim 'uma só?' " É pedir muito a um coração ansioso que cuide de uma coisa só? Talvez. Contudo aos olhos do Senhor esta única coisa produziria paz e descanso. A resposta esta mais abaixo, no verso 42:
"E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada"
Escolhas primordiais! "A boa parte" era parar, aquietar-se, mesmo que milhares de tarefas a esperassem, e ouvir o mestre como Maria o fez. Realmente não existe melhor remédio pra um coração ansioso do que parar diante do Senhor. A Bíblia Sagrada em Salmos 10.41, diz assim: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". Tomo esta palavra como uma ordem para minha vida, e quando vejo que a estou para desprezar, grito para mim mesma: "Aline, fique quieta!" Dentro de mim me calo. O remédio para um coração ansioso, é quietude de espírito, que a "boa parte" de estar com o Senhor pode nos proporcionar. Estar com o Senhor nos afasta do medo que causa a ansiedade, pois nos traz o segredo da confiança. O conceito bíblico de confiança, é "colocar Deus como um lugar de refúgio". Aleluias! Ter o Senhor como um esconderijo, o Senhor na angústia nos dá largueza [cf.Sl4.1] e é exatamente disto que um coração apertado pela ansiedade precisa, descanso , alívio, espaço para respirar, livre para enchergar um novo horizonte.
Neste ponto a oração como refúgio, torna-se uma fonte de escape, e a palavra nos garante:
"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus." [Fp 4. 6-7]
Pedro diz: "lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" [1 Pe 5.7].
O próprio Senhor Jesus diz: "Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida... vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas" [Mt 6.27 e 32b].
Psiu! Vamos nos calar diante de nós mesmas! Há uma palavra verdadeira e eficaz proferida por Jesus: Basta cada dia o seu mal [Mt 6.34]
Não podemos deixar que nossas preocupações excessivas sejam nossas prisões. Não podemos controlar o dia do amanhã, cada dia tem sua porção, de bençãos e de lutas, penso então comigo mesma, "não viverei as aflições do amanhã, antes lutarei com vigor as que me são propostas hoje", seja arrumar a casa, terminar um trabalho, fazer uma entrega, enfrentar o mau humor de um parceiro, sair com as crianças, dar banho no cachorro, ou procurar um novo emprego. Cada dia tem sua porção. E o amanhã entrego ao meu Senhor!
Li certa feita: "As preocupações nunca eliminam as dores do futuro, mas acabam com o poder do presente." Com muita sabedoria Victor Hugo disse: "Hoje é o amanhã com o qual você tanto de preocupou ontem, e está tudo bem!" A verdade é que a maioria dos nossos medos, são irreais, imaginários e nunca se realizarão. Você pode acreditar!
Que tal gritarmos hoje contra nós mesmas? "Psiu!!!.. Sossega.. fica quietinho dentro de mim coração!"
Um coração ansioso só pode encontrar paz ao escolher a boa parte todos os dias!
Hoje eu oro por você que esta ansiosa e desejo que a paz que excede todo entendimento guarde seus sentimentos em Cristo Jesus!

Oração da Mulher Cristã



Senhor, dá-me de Raquel a arte de fazer-me amar.
Dá-me de Joquebede o espírito de sacrifício e renúncia.
Dá-me de Débora, a solidariedade e o estímulo.
De, Rute dá-me a dedicação e a bondade.
De Ana, dá-me a fé a fibra para cumprir o voto.
Dá-me a astúcia de Mical, para usá-la no bem, não para o mal.
Como Abigail, faz-me mensageira da paz.
Como Ester, que eu seja desinteressada e altruísta.
Como Maria faz-me pura e humilde, e como Isabel,capaz de regozijar-me com o bem alheio.
De Marta, dá-me a disposição para o trabalho material e de Maria, o anseio espiritual.
Como Dorcas, a costureira que eu seja útil ao necessitado.
E como Lídia, a mulher hospedeira que eu abra a porta ao que chegar cansado.
Como a mulher samaritana, que eu corra a falar da salvação.
Senhor, tira de mim se houver :
A vontade de olhar para trás da mulher de Ló,
A preferência por um filho de Rebeca.
O desejo adúltero da mulher de Potifar.
A traição de Dalila.
A trama macabra de Herodias.
De Ti , Senhor, suplico a paz , a bênção e o perdão.
[Autor desconhecido]

Tomara



Tomara

Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho


Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz


E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

[Vinícius de Moraes]

Tente se afastar um pouco e olhar o grande quadro da vida!


Para cada montanha que tive de subir,
Para cada pedra que feriu meus pés,
Para todo sangue, suor e sujeira,
Para as tempestades furiosas e o calor ardente,
Meu coração canta uma canção agradecida...
Essas foram as coisas que me tornaram forte!
Por todas as lágrimas e sofrimentos,
Por toda a angústia e dor,
Pelos dias sombrios e os anos improdutivos,
E pelas esperanças que viveram em vão,
Eu agradeço, pois agora sei
Que essas foram as coisas que me ajudaram a crescer!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nenhum caco desperdiçado



Um turista que passeava por um povoado europeu parou para observar um artesão especialista em ornamentar porcelana com fios de ouro.
Ele observou o artesão pegar um de seus trabalhos mais belos, um vaso delicado, e examiná-lo atentamente. Depois de alguns minutos um leve sorriso de satisfação brotou nos lábios do artista.
A peça de artesanato era perfeita. O tamanho e a forma tinham dimensões exatas; a obra de arte era bem elaborada e delicada. De repente, para o grande susto do turista, o artesão pegou um martelo e esmigalhou a peça.
-Por quê? - Gritou o homem, aturdido, quando finalmente conseguiu recuperar o fôlego. - Por que você fez isso?
O artesão olhou para o turista e explicou:
- Veja, meu amigo, - ele disse -, o valor desse vaso não esta em sua perfeição. Não está na obra de arte, nem em seu tamanho ou seu formato, por mais belo que ele possa ser. Não, o valor está no fato de que agora eu vou juntar estes cacos novamente. Com ouro!

O mesmo acontece com nossa vida. O valor de nossa vida não está na perfeição que vemos ou na falta dela... não está naquilo que fizemos ou deixamos de fazer... não está em nosso trabalho, por mais árduo que tenha sido... não está em nossos esforços, por mais sinceros que tenham sido... não está na esperança de que receberemos uma segunda chance para nos redimir.
Não, o valor de nossa vida está no fato de que Deus não desperdiça nada. Ele pega todos os cacos de nossa vida, até mesmo os mais miúdos e imperfeitos, e os junta novamente com seu sangue, que é infinitamente mais precioso do que o ouro.

Não consigo perdoar...



Nada pode nos ferir mais do que a falta de perdão. Seja por não recebê-lo ou por não oferecê-lo. Esta é uma batalha que se dá diariamente dentro de nós, entre emoções e sentimentos, lembranças e feridas, está a voz do perdão que por muitas vezes tentamos silenciar.
Na maioria das vezes o não perdoar está associado a uma forma de protesto contra aquele que nos feriu. É o reflexo de nossa insegurança, pois nos sentimos machucadas ou ameaçadas, e exteriorizamos uma vingança camuflada, não dando ao que nos feriu a oportunidade de se redimir. A raiva é o fundamento sob o qual o coração que não perdoa edifica seus muros, não dando a oportunidade de enxergar-se além do horizonte, novas oportunidades. E é exatamente do acúmulo da raiva que surge o rancor, prolongar a raiva contra uma pessoa é ferir-se mais ainda, magoar-se prolongadamente, ter raiva sempre “daquela situação” gerando rancor e mais rancor.
Ferir-se consigo mesma através da falta de perdão por vezes é mimar nosso ego, como uma criança que precisa ser compreendida e satisfeita a qualquer custo, não abrimos mão de nossas feridas, agimos com o sentimento de autopiedade, “coitada de mim, como ele (a) pode fazer isso comigo? Logo comigo?”. Você já viu uma criança que mexe em suas feridas o tempo inteiro e não a deixa cicatrizar, porque esta sempre retirando a casca da ferida? As marcas de uma ferida mal cicatrizada na pele são bem mais acentuadas das que naturalmente curaram-se. A falta de perdão é manifesta assim. Não deixamos a ferida curar, porque concentramo-nos nas nossas dores, nos nossos sofrimentos em excesso e não queremos ser curadas. Por mais incrível que pareça, a falta de perdão nos faz adoecer, o perdão tem poder de restaurar.
É bem verdade que suas feridas talvez sejam sinceras e reais, difíceis de serem tratadas. Mas hoje quero lhe encorajar a tentar olhar com os olhos do perdão, pois este é o olhar que Deus versa sobre nós. Diante disto, o primeiro passo talvez seja reconhecer a ofensa feita a você, conhecer o que realmente lhe magoou, e entender que em um primeiro momento é justo vivenciar a “raiva”. Neste ponto a Bíblia nos esclarece uma verdade no Livro de Efésios 4. 26 : “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” . É inerente a nós e natural que nos iremos, e fiquemos com raiva de alguma situação, mas ela não pode durar perpetuamente, antes a Bíblia alerta, não deixe o dia passar com aquela ira em seu coração. Portanto, analise o que te feriu, reconheça, zangue-se se for preciso, mas não se permita alimentar a sua ira, ou a sua frustração. Ainda que as coisas não tenham sido como você gostaria, ou ele ou ela, tenha te machucado tanto! Não se permita viver a raiva constantemente, pois ela é a raiz da mágoa, Hebreus 12. 15 diz: “Cuidado para que não haja alguma raiz de amargura, que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. Não deixe a raiva tornar-se mágoa, isto irá te perturbar, é o que diz o versículo, e não só a você, por meio delas muitos são contaminados. É um fato conhecido por todas nós, se você não está bem consigo mesma, logo não estará com seu esposo, com seus filhos, com sua casa, seus afazeres, com a comida, com seu chefe, com seus estudos, e poderá contaminar a muitos, com seu mau-humor, sua antipatia, sua tristeza, sua raiva, sua amargura.
O Livro de Salmos complementa nosso pensamento: “Pertubei-vos e não pequeis; falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos” [Sl 4.4]. Ou seja, expresse seus sentimentos de angústia, raiva, mas não peque contra Deus. Seus sentimentos foram colocados pelo Senhor, e Ele também os vivenciou quando experimentou o “ser” humano, ao manifestar-se corporalmente em Jesus Cristo. Deus humanizou-se e vivenciou as nossas raivas, medos, temores, mágoas e traições, mas contudo não pecou. Antes, foi a expressão do amor e perdão. Mais adiante o texto continua : “...falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos”. Na hora da ira, fique quieta! Não murmure, não jogue suas frustrações sobre Deus, cale-se e fale com seu “travesseiro”. Você e mais você! Reflita, e espere no Senhor que Ele o ajudará, o verso 8 testifica essa verdade, no mesmo texto o salmista declara: "Em paz me deitarei e domirei” [Sl 4.8]. Estes são, pois os primeiros passos para perdoar, entender-se em seus conflitos, irar-se com a situação, mas não deixar que ela te domine.
Depois disto mude sua mentalidade, perdoar é uma escolha! Escolha perdoar ainda que o seu transgressor não mereça. O perdão deve acontecer primeiro em você. Perdoar consiste em desistir de qualquer ressentimento quando se é, de alguma forma, prejudicado. É abrir mão do seu direito de vingar-se, por mais doloroso que possa parecer. Perdoa-se amando, perdão acontece ná prática. As teorias não o explicam. É fundamental lembrar-se do perdão que um dia você recebeu! Deus nos perdoou em Cristo quando ainda éramos pecadoras (Rm 5.8), não esperou que melhorassemos nossa conduta para nos amar e perdoar, nos amou quando ainda estávamos em nossos delitos. Não espere que uma pessoa mude para perdoa-la, nem mesmo que se arrependa, transformações em nosso cárater só quem opera é Deus, não é pelo nosso muito falar, ou murmurar. Deus ainda esta a trabalhar em nós, mesmo sendo falhas. É tendo em mente a dádiva que recebemos que escolhemos perdoar, ainda que nossos sentimentos sejam contrários em um primeiro momento.
Ao menos habitue-se com a idéia. Você necessita de perdão. Você é alvo de perdão, você deve o perdão.

Jesus disse: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14-15).

“Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”. Ef 4.32
Marcos 11.25:
“Quando estiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas”

“Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve” (Lc 11.4).

“Ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2.23).

Talvez você não consiga ainda fazê-lo, mas a encorajo em oração perdoar aquele(a) que te feriu. Em Jesus, você pode fazê-lo e Ele nos capacita a tal. Este é um segredo que a oração lhe poderá desvendar, fale com o Senhor suas mágoas e ressentimentos e libere o perdão em oração. Ao menos tente, escolha perdoar.

Deus te abençoe com perdão!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fazer missões...mais que um desafio!



Fazer missões é mais que um desafio. É uma entrega total, onde não existe lugar para meias abdicações.

A vida missionária é cercada de incertezas que somente quem está no campo sabe das angústias, temores e perigos que envolvem esse pleito.

Quando alguém aceita o desafio de fazer missões, de ir ao campo, precisa ter consciência primaz de uma coisa, precisará contar principalmente com Deus. E, de fato, em todos os sentidos.

Missionário nem sempre tem garantia de suprimento, acolhimento, aceitação ou credibilidade. Pelo contrário, o missionário precisa estar preparado para as dificuldades circunstâncias que só serão enfrentadas e sentidas por quem está lá.

Missionário precisa andar no dia a dia na esperança que o de amanhã, Deus proverá. Saber que as exigências são inúmeras, os gastos e investimentos são para além do que se imagina e nem sempre pode contar com os que o cercam.

Missionário precisa saber que nem todos entendem que eles têm necessidades emocionais. Precisa de amigos, pessoas verdadeiras que acolham sem hipocrisias e interesses. Ainda que para muitos, ter carências emocionais, é sinônimo de fraqueza, na Bíblia, entende-se que é sinônimo de humanidade.

Missionário precisa estar preparado para ser rechaçado por aqueles que receberão a mensagem, assim também como aqueles que ficaram do outro lado. Dificilmente as pessoas acham que alguém que procura atender o chamado de anunciar o Evangelho, o faz por vocação e não por conveniência.

Missionário precisa estar preparado para enfrentar a falta de credibilidade que as pessoas, o país, a cidade, as instituições religiosas, as agências de negócios terão dele. Nunca deve esperar que seja respeitado ou visto com bons olhos. Sempre será visto com desconfiança, suspeita, sempre será visto como alguém digno de receios.

Todavia, o missionário não pode tirar os olhos de Jesus. Porque ele foi o maior exemplo do que é viver uma vida de entrega.

Entregou-se por nós, a ponto de depender de um colo materno e receber alimento diário, mesmo correndo o risco de morrer de inanição. Porque sabia que o Pai que lhe enviara, não o deixaria nas mãos dos homens.

Jesus em sua vida, várias vezes foi visto se retirando para lugares ermo, sozinho, pois apenas ali poderia abrir seu coração ao Pai, sem ser mal interpretado.

Muitas vezes, Ele se cercou de seus discípulos e amigos, não apenas para lhes ensinar com retóricas, mas para desfrutar o prazer de companhias verdadeiras.

Jesus falou para gente que não dava a mínima para o que ele tinha a dizer, gente que estava tão convicta que estavam certos, que não reconhecia que as palavras que proferia eram proféticas. Os seus, o rejeitaram e escarneceram dele na própria face.

A religião instituída da época não dera valor a sua pregação, as pessoas da sua geração apenas pão e peixe, o governo via em Jesus, alguém desprezível e infame.

Olhando para Jesus, não ficamos confundidos e sabemos que Ele nos deixou o exemplo para que venhamos abraçar a causa, confiantes no seu sustento, amor, cuidado, amparo e autenticação.

Paz seja convosco!

André Santos
http://pastorandresantos.blogspot.com/

Deus não te abandona!!!


Jesus foi abandonado para que nós nunca sejamos abandonados. Mesmo quando a sua presença não é perceptível, e nem mesmo a sintamos, Ele está conosco porque independe de nossas emoções, realizações ou expectativas frustradas. Muitas vezes você pode se questionar: "Senhor onde tu estás que não te sinto? Não vejo sua presença, nem mesmo seu agir!" Mas saiba querida que Ele está conosco porque PROMETEU! É a sua palavra, e ela não volta atrás!

"porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei." (Hb 13.5)
"Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28.20)
E é nesta esperança que deve repousar o nosso coração! Fique em silêncio um pouquinho, acalme-se na tribulação ao ouvir a Sua palavra. Ela sussura ao seu coração: "...Não te deixarei"
Não te deixarei... em meio a batalha
Não te deixarei... na hora da solidão
Não te deixarei... quando os amigos te deixarem
Não te deixarei... quando todos falharem
Não te deixarei...quando você mesma falhar!
Esta confiança podemos ter, porque Jesus foi abandonado e rejeitado em nosso lugar. Ele sentiu a nossa dor, o nosso sofrimento, o nosso abandono. Quando Ele exclamou na cruz do calvário: "Eloi, Eloi, lama sabachtani" (Mt.27.46), expressava seu profundo horror em estar se separando de Seu Pai por causa dos pecados que estava carregando, nossos pecados! Foi abandonado. A escuridão foi um símbolo das trevas espirituais, da exclusão absoluta da luz da presença de Deus. Jesus estava ali, sozinho e abandonado por Deus. Foi uma verdadeira separação entre o Pai e o Filho, uma ação volutária de ambas as partes. Jesus sentiu a dor do abandono. Mas seu abandono ali, nos garantiu a presença do Pai, a Sua própria presença conosco, todos os dias!
Hoje em momentos de abandono, ainda que você não sinta, e seu coração queira mentir pra você, acredite: Jesus está com você! Creia em sua doce e terna presença!
Deus te abençoe!

O Enigma da Oração Não Respondida



"... guardai-vos dos ídolos" (1 Jo 5.21)

Nas prisões comunistas da Romênia, nós podíamos ouvir quando os guardas espancavam e torturavam os outros presos. Ouvíamos os gemidos e os gritos dos que eram torturados no meio da noite. Aqueles prisioneiros oravam a Deus pedindo ajuda, mas as surras continuavam e muitos não resistiam e acabavam morrendo de tanto apanhar. Parecia que as suas orações tinham sido em vão.

Era o enigma das orações não respondidas. Muitos de vocês têm problemas em suas famílias e oram constantemente sobre eles, mas de alguma forma suas orações continuam sem resposta.
Isto vai minando a fé de muitos e alguns acabam desistindo. Desistem de Deus. Por que? É porque o Deus deles era um ídolo. Acreditavam num Deus menino de recado. Muitos de nós crêem assim. Todas as manhãs dizemos a ele: "Querido Deus, bom dia. Por favor, faça isto, faça aquilo, e cuide da minha saúde e da saúde da minha família."
Os que acreditavam num Deus menino de recado tinham um ídolo. E esse ídolo falhou; não deu conta do recado.
Quando Jesus esteve na terra, ele orou com lágrimas: "Pai, se for da tua vontade, afasta de mim este cálice". Mas o cálice não foi afastado. Por fim, Jesus falou: "Seja feita não a minha, mas a tua vontade" (Lc 22.42). Assim como pôde haver uma diferença entre a vontade do Pai e a vontade do seu Filho amado, da mesma forma pode haver uma diferença entre a vontade do Pai e a vontade de Richard Wurmbrand. É a vontade dele que tem de ser cumprida, não a nossa.

Eu e muitos outros sofremos com isto. Quem sabe eu possa ajudar vocês contando a que conclusão chegamos e que luz recebemos.
Na Rússia comunista, nos quartéis da KGB, havia um major chamado Nadionoff. Ele nunca prendeu, investigou, espancou ou torturou alguém.
Se a polícia prendia alguém da igreja subterrânea, eles tentavam obrigá-lo a revelar com quem trabalhava para poderem prender outras pessoas. Na igreja oficial, não havia Escola Dominical para as crianças ¾ os jovens menores de 18 anos não tinham permissão para freqüentar a igreja. Crianças e jovens não deviam aprender nada sobre Deus. O Major Nadionoff era o encarregado de ensinar a eles. Se uma menina ou uma moça se negava a revelar os segredos da igreja, o Major Nadionoff tinha somente uma tarefa. Ele jamais estuprava uma garota; era pior do que isso.

Havia uma jovem batista. Uma jovem frágil, 17 ou 18 anos de idade, que tinha sido presa. Ela não cedeu às torturas. Disseram-lhe que ela seria entregue às mãos de Nadionoff e o que ele iria fazer a ela. Ela nem entendeu o que aquilo significava.
Ela estava só em sua cela, quando a porta se abriu e Nadionoff entrou. Aqueles que o conheceram dizem que ele parecia um gorila, corpulento e muito, muito feio. Ela ficou apavorada só de olhar nos olhos dele. As mãos enormes como as de um açougueiro, aproximou-se dela. Ela podia perceber o prazer estampado em seu rosto, a satisfação que ele antecipava, como ele desejava satisfazer a própria lascívia.
A reação natural de qualquer moça na situação dela seria tentar se defender. Seria natural espremer-se contra a parede, empurrá-lo para longe, dar-lhe pontapés, ou até gritar. Mesmo que não adiantasse nada, seria a reação mais natural. Mas ela não pertencia mais ao natural. Ela pertencia à família de Deus, que tem reações totalmente diferentes.

Ela fez uma coisa surpreendente. Caminhou na direção dele com um sorriso no rosto. Queridos irmãos e irmãs, eu gostaria que vocês pudessem ver o sorriso da igreja subterrânea (a igreja perseguida) ¾ tristeza carregada com um lindo sorriso.
A menina foi na direção do homem de quem ela esperava o pior, com um sorriso no rosto, e lhe falou: "Eu amo muito você."
Ele se deteve estupefato. Ela continuou: "Não se espante. Se você pudesse visitar a nossa igreja, você ia ver quantas garotas bonitas iriam amar você. Não acredite no espelho que você é feio. Isso não é verdade. Você tem um tesouro que não tem preço em seu coração. Você é tão valioso que o Filho de Deus deixou o céu e todo o seu esplendor porque ele ama você. Ele o ama e quer que você vá morar com ele no céu."
Não tenho como repetir cada palavra que ela falou, mas ela levou aquele homem a Cristo. Logo que se converteu, ele foi expulso da polícia que resolveu matá-lo. Eles queriam que parecesse suicídio, e agiram rápido na casa de Nadionoff e fugiram em seguida.

Logo que eles fugiram aconteceu o seguinte: irmãos que tinham ouvido falar da conversão dele foram visitá-lo e o encontraram pendurado pelo pescoço. Cortaram a corda e conseguiram salvar a sua vida. Ele se tornou membro da igreja batista. Que linda história! É preciso existir o lado do mal para que a beleza possa brilhar. Sem aqueles que deram os açoites e sem aqueles que enfiaram os cravos nas mãos e pés de Jesus, a história da sua ressurreição e ascensão, e da nossa salvação não teria acontecido.
Aquela pobre menina orou para não ser entregue nas mãos de Nadionoff. Qualquer um de nós teria orado do mesmo jeito. Se ela não tivesse sido entregue, a salvação de Nadionoff não teria acontecido e, por meio dele, quem sabe de quantos mais.

É isto que aprendemos na prisão: que há propósito no nosso sofrimento e em nossas orações não respondidas. "Seja feita não a minha, mas a tua vontade."
Richard Wurmbrand, fundador da missão "A Voz dos Mártires", passou quatorze anos nas prisões romenas.
Ele é o autor de "Torturado por Amor a Cristo" e outros livros.
Morreu no dia 17 de fevereiro de 2001, com 91 anos de idade.

* Texto tirado do site:
www.vozmartir.org

Tempo de esperar...





Tempo de esperar


"Esperei com paciência no Senhor." Salmo 40.1

Esperar é muito mais difícil do que andar. Esperar requer paciência, e a paciência é uma virtude rara. É bom saber que Deus constrói cercas em volta do Seu povo, mas isto se considerarmos a cerca apenas do ponto de vista de proteção. Porém, quando uma cerca é conservada e, sendo uma cerca-viva, vai crescendo tanto que impede a visão do que está do outro lado, o coração começa a imaginar se algum dia ele sairá daquele pequeno círculo de influência e serviço em que está contido.

E às vezes é difícil para a pessoa entender por que não pode viver numa esfera maior. É-lhe difícil "brilhar no seu cantinho". Mas Deus tem um propósito em todos os Seus impedimentos. "O Senhor firma os passos do homem bom", diz o Salmo 37.23. "E as paradas também", era a anotação que George Muller tinha ao lado desse versículo, na margem de sua Bíblia. O homem que abrir caminho através das cercas de Deus cometerá um triste engano. Um princípio vital de orientação é que o crente nunca deve se afastar do lugar onde Deus o colocou, enquanto a Coluna de Nuvem não se mover.

Quando aprendermos a esperar sempre a orientação do Senhor em todas as coisas, seremos fortes, teremos a força que nos levará a ter um andar sempre equilibrado e constante. Muitos de nós estamos sem o poder que tanto desejamos. Mas Deus nos concede pleno poder para cada tarefa que Ele nos dá. Esperar, manter-nos fiel à Sua orientação, eis o segredo para obtê-lo. E qualquer coisa que sair fora desta linha de obediência é desperdício de tempo e energia. Esperemos vigilantes pela direção de Deus.

Uma pessoa que é obrigada a estar quieta, em inatividade forçada, e vê passar diante de si as ondas palpitantes da vida, será que a existência precisa lhe ser um fracasso? Não; a vitória é para ser conseguida em ficar parado: em uma espera tranqüila. E isto é muitas vezes mais difícil do que correr nos dias em que podemos estar ativos. Requer maior heroísmo ficar ali e esperar, sem perder o ânimo nem a esperança; submeter-se à vontade de Deus; deixar com os outros o trabalho e as honras dele; ficar calmo e confiante, regozijando-se sempre, enquanto a multidão feliz e atarefada avança e vai embora. É a vida mais elevada: "Tendo feito tudo, ficar firme".

Fonte: Mananciais no Deserto

sábado, 12 de setembro de 2009

ÚLTIMO DISCURSO DE Martin Luther King*


Freqüentemente imagino que todos nós pensamos no dia em que seremos vitimados por aquilo que é o denominador comum e derradeiro da vida, essa alguma coisa que chamamos de morte.
Freqüentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não num sentido angustiante.
Freqüentemente pergunto a mim mesmo que é que eu gostaria que fosse dito.Então deixo aqui com vocês a resposta.
Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar o meu dia, lembrem-se que eu não quero um longo funeral.Se vocês conseguirem alguém para fazer a oração fúnebre, digam-lhe, para não falar muito, para não mencionar que eu tenho trezentos prêmios (isso não é importante),para não dizer o lugar onde estudei.
Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que, eu tentei dar minha vida ao serviço dos outros, eu tentei amar alguém, eu tentei visitar os que estavam na prisão, eu tentei vestir um mendigo, eu tentei amar e servir a humanidade.
Sim, se quiserem dizer algo, digam que EU FUI ARAUTO- arauto da justiça, arauto da paz, arauto do direito.
Todas as outras coisas triviais não têm importância.
Não quero deixar atrás nenhum dinheiro, coisas finas e luxuosas.Só quero deixar atrás,uma vida de dedicação.
E isto é tudo o que eu tenho a dizer:SE EU PUDER- ajudar alguém a seguir adiante, animar alguém com uma canção,mostrar a alguém o caminho certo, cumprir o meu dever de cristão,levar a salvação para alguém, divulgar a mensagem que o Senhor deixou,então, MINHA VIDA NÃO TERÁ SIDO EM VÃO.

(O Sermão do Topo da Montanha, Memphis, 3 de abril de 1968)


OLHEI AO REDOR E VI ATERRA PROMETIDA.TALVEZ NÃO CHEGUE LÁ...."Que despertemos nesta noite com uma prontidão ainda maior. Ergamos-nos com uma determinação ainda maior. E que ataquemos de frente estes dias poderosos, estes dias marcados pelo desafio de transformar a América no que ela deve ser. Temos a oportunidade de fazer da América uma nação melhor. E quero agradecer a Deus, mais uma vez, por permitir que eu esteja aqui com vocês (...). Bem, eu não sei o que virá agora. Teremos dias difíceis pela frente. Mas isso não importa para mim agora porque eu subi ao topo da montanha. Não me importo mais. Como qualquer pessoa, eu gostaria de ter uma vida longa. A longevidade é boa. Mas não estou mais preocupado com isso agora. Quero apenas cumprir a vontade de Deus. E Ele permitiu que eu subisse a montanha. E lá de cima eu enxerguei. Eu enxerguei a Terra Prometida. É provável que eu não entre lá com vocês. Mas quero que vocês saibam esta noite que nós, como um povo, chegaremos à Terra Prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa. Não temo nenhum homem! Meus olhos viram a glória da vinda do Senhor!"
(Martin Luther King)

Aos Escolhidos Deus Diz: "Eis que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição" (Isaías 48:10).



O povo a quem Isaías ofereceu sua visão de um mundo novo acabara de suportar a ira de um inimigo furioso. Agora estavam enrolados na tribulação, atados pelo temor e pelo cansaço. Pensavam que Deus os havia abandonado, e tinham medo do futuro que os aguardava. Assim, que palavra Deus enviou para eles? A mesma palavra que concede ao Seu povo hoje:
"Despertem-se! Vocês não estão arruinados como pensam. O Senhor, sua força, ainda está com vocês. Então, levantem-se do pó do desalento, e assentem-se nos lugares celestiais que lhes prometi. Vocês não perderam sua retidão, portanto vistam-se com suas roupagens. Sacudam-se, falem consigo mesmos, dêem-se um sermão. E digam à carne e ao Diabo, 'Sou mais que vencedor por meio daquele que me salvou.'" (Isaías 52:1-3, parafraseado).
Considere o poderoso exemplo dos três jovens hebreus a quem o rei Nabucodonosor atirou dentro da fornalha de fogo. Estes homens não estavam sendo provados por sua fé; na verdade, foi a sua fé que os pôs ali. O Senhor claramente estava atrás de outra coisa. Pense nisso: os pagãos babilônios não foram influenciados por suas orações ou pregações. Não ficaram impressionados por sua sabedoria ou conhecimento, nem por suas vidas santas. Não, o impacto em Babilônia veio quando o povo olhou para dentro da fornalha e viu estes três homens regozijando-se e louvando a Deus em sua hora mais difícil.
Jesus apareceu naquela fornalha, e creio que Suas primeiras palavras aos jovens hebreus foram, "Irmãos, levantem-se agora, pois suas amarras foram afrouxadas. Deixem que este governo pagão e sua gente ímpia vejam vosso regozijo e o vosso louvor a Deus em sua hora de aflição".
Os rapazes fizeram justamente isso, e as escrituras dizem que Nabucodonosor ficou "espantado" com o que via. Levantou-se apressadamente, clamando: "O que se passa aqui? Lançamos nós três homens dentro do fogo, porém, vejo quatro e não estão mais atados! Vejam, eles estão cantando e louvando a esse quarto homem".
Esse é o impacto que nossos louvores trazem durante nossas lutas. Então - como você tem reagido nas horas de aflição? Você está bebendo da taça do tremor, sentindo-se débil, sem poder para resistir ao inimigo? É hora de sacudir as amarras pesadas e levantar mãos santas em louvor ao seu Redentor. Você está livre, não importa qual seja a prova - então se alegre e se regozije, sabendo que o quarto homem está na fornalha consigo. Cristo se revelará em seu sofrimento, e o fogo queimará todas essas cordas que lhe atam.
Muito provavelmente você não está sendo provado mas treinado!

Isaías Profetizou que o Mundo que Deus Estava Criando é um Lugar de Louvor Onde os Habitantes se Regozijam


"Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo regozijo" (Isaías 65:18). A palavra hebraica para "crio" neste versículo significa "trago à existência". Vê o que Isaías está dizendo? Deus está criando não só um novo mundo, mas também um povo especial. Está trazendo à existência uma noiva que não apenas foi apartada deste mundo, mas aprendeu a regozijar-se em meio ao sofrimento.
O fato é que os nossos sofrimentos presentes constituem-se numa escola de adoração. E todas as maneiras pelas quais estamos aprendendo a louvar a Jesus, especialmente em nossos sofrimentos, são treinamentos para aquele glorioso dia. Que quer dizer isto para os cristãos que vivem com medo e preocupação constantes? Esses que vivem como se Deus estivesse morto, como podem eles repentinamente, saber como - por meio do louvor - enfrentar a provação?
É muito importante como reagimos em nossa tribulação presente. Quando Israel esteve em sua hora de grande sofrimento, perdeu a esperança. Decidiram que não podiam agüentar mais, então simplesmente sentaram-se no pó. Cá estava o povo de Deus, com promessas sólidas como rocha; no entanto sentaram-se ali com uma corrente ao redor do pescoço.
Igualmente hoje, alguns cristãos desistem neste ponto. Eles não abandonam a fé, porém deixam de seguir a Jesus de todo coração, pensando "Não agüento viver sob tanta pressão. Parece que quanto mais me aproximo de Cristo, mais sofro". Perguntam-se como Paulo podia dizer: "Me regozijo nos meus sofrimentos" (Colossenses 1:23-24).
Eis aqui exatamente porque Paulo podia fazer tal afirmação: ele havia sido arrebatado ao céu, e viu a glória que nos aguarda. Devido ao que viu, Paulo pôde abraçar suas lutas e aflições nesta vida, aprendendo a louvar a Deus em cada experiência difícil. Estava determinado a aprender a ter alegria de coração não importando a situação, e começou a praticar o louvor em preparação para o mundo por vir.
"Se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:17-18). À luz da glória que espera Paulo, o que é a prova em comparação à ela?
Igualmente, ele quer que desviemos os olhos do sofrimento presente e os fixemos no que virá, e isso mudará tudo. Um minuto dentro de nossa nova habitação, diz Paulo, e não nos recordaremos do que veio antes. A idéia dele é começar a louvar agora, regozijando-nos pelo gozo que nos espera. "Portanto, ofereçamos sempre, por ele (Jesus), a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13:15).

Uma Prova Nem Sempre é o Propósito de Deus por Trás do Nosso Sofrimento


A verdade é que nem tudo que sofremos é prova de fé. Freqüentemente, o Senhor está atrás de algo mais quando estamos na fornalha da aflição. De fato, quanto mais próximo você caminha com Cristo, e quanto mais profundas são as provas, mais Ele está agindo em você para promover algo diferente de fé.

Porém, não interprete mal: sempre que nossa fé vacila, provas de fé virão. Nunca estaremos completamente acima desses testes. Mas eis outro propósito de Deus neles: o Pai está preparando uma noiva para o Seu Filho. E quer mais de nós em nossas provações, do que uma fé maior.

Esta noiva será provada grandemente, e seu amor pelo Noivo passará pelo fogo. Sua confiança nEle será refinada através do fogo, dilúvios e aflições. No entanto, estas dores não são para testar o amor dela e sua devoção. Ao contrário, são para refinar um amor que já está totalmente comprometido. Eu explico.

Acredito que muitos dos que estão lendo esta mensagem estejam totalmente comprometidos com Cristo. Jesus é o grande amor de suas vidas e a fé nEle está prosperando. Certamente, ainda há momentos quando essa confiança é testada. Entretanto, Deus está procurando outra coisa em você, algo mais. A preparação que o Senhor faz da noiva requer que Ele realize uma obra sobrenatural em você.

Esta noiva - a eleita amada de Jesus - deve ser consumida pelo desejo ardente de estar com seu Noivo. Deve ficar livre de todas as outras atrações. Deve ficar obcecada pelo desejo de estar sempre em Sua presença corporal. Paulo se refere a este desejo ardente quando escreve sobre o seu próprio desejo de "deixar o corpo e habitar com o Senhor" (2 Coríntios 5:8). "Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (Filipenses 1:21).

Isto não era fixação mórbida por morte da parte de Paulo. O apóstolo claramente vivia uma vida plena e útil. Mas disse, "Algo em mim anseia estar com o Senhor, onde Ele está. Anseio estar com Ele face a face". Para fazer tal reivindicação, Paulo teria que estar completamente desacostumado deste mundo e suas atrações.

Neste momento, Deus está preparando um novo mundo - um novo céu e uma nova terra - para o Seu povo. E esta nova criação englobará uma Nova Jerusalém, incluindo um lar para a noiva de Cristo. Isaías viu este novo mundo que Deus está criando, e o panorama deve tê-lo deixado sem ação. Deus diz através deste profeta, "Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das cousas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo regozijo" (Isaías 65:17-18).

Deus está dando aqui uma poderosa declaração à noiva de Cristo. Na realidade, está dizendo, "No meio da provação que você vive nesse instante, fixe esta verdade em tua mente: o mundo presente não é o teu lar. Tudo o que você vê passará - a terra, a lua, o sol e as estrelas. Estou criando um novo mundo, onde não há incêndios, inundações, demônios, sofrimentos nem aflições".

Percebe a mensagem? Suas lutas vão acabar, e os problemas passarão. Portanto fixe os olhos em Cristo, e ponha o seu afeto em passar a eternidade com Ele no novo mundo. De acordo com Jesus, o mundo no qual lutamos agora com toda dor e tristeza, não será lembrado quando esse dia chegar; ele nem entrará em nossas mentes! (ver 65:17).

Amado, isto me diz que o sofrimento que muitos estão suportando agora não é prova - é treinamento, ensino. Estamos sendo preparados para um mundo onde não haverá mais dor. E esse mundo vai ser povoado com novos corpos. Paulo nos diz que o corpo que baixa à sepultura não é o mesmo que sairá de lá. Teremos um novo corpo, um corpo com o DNA do próprio Cristo.

Abraão é um exemplo de alguém focalizado no mundo por vir. A Bíblia diz dele, "Pela fé, habitou... como (estrangeiro) em terra alheia... porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hebreus 11 :9-10).

Abraão passou por uma grande prova de fé quando em obediência a Deus, ofereceu seu filho Isaque como sacrifício. No entanto, mais que sua fé provada, Abraão tinha perdido o interesse por esta terra - um fato comprovado quando ofereceu seu filho. Ele tinha fé que havia um propósito maior do que ele podia ver. Eis um homem que verdadeiramente estava no mundo, mas não fazia parte dele, vendo sua cidadania em um outro mundo.

Agora considere o que Hebreus diz de Cristo "(Ele)...sofreu fora da porta" (13:12). Jesus sofreu como estrangeiro - sempre fora da religião formal, fora da sociedade aceita. No entanto, Cristo também estava "fora" no sentido de não ter lugar aqui na terra, nem sequer para reclinar a cabeça. Em tudo que Jesus fez, sempre olhou para o céu.

Como o nosso Salvador, e como o nosso antepassado Abraão, "Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir" (13:14). Vivemos e trabalhamos nesta terra, porém somos estrangeiros aqui; nossa verdadeira pátria está na Nova Jerusalém. Portanto, Hebreus urge, "Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando seu vitupério" (13:13). Enquanto não estivermos também "fora" do arraial - fora das cobiças e materialismos deste mundo - não estaremos onde nosso Noivo está.

Vivo numa casa boa e dirijo um bom carro. Porém continuamente vigio para que as coisas materiais não tomem as rédeas do meu coração. O fato é que você pode ter uma fé poderosa e, todavia não desejar ardentemente a Cristo. "Ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei" (1 Coríntios 13:3).

Tristemente, quando olho ao redor, vejo multidões de crentes que têm fé vencedora, porém não têm um desejo veemente de estar com Cristo. Em vez disso, têm os olhos fixos nas coisas deste mundo e em como obtê-las. Acho que tais pessoas não querem ouvir a respeito de como se fixar no céu ou afastar-se desse mundo. Para elas, tal mensagem significa uma interrupção da "boa vida" que desfrutam aqui.

Graças a Deus, que Ele tem uma maneira maravilhosa de nos empurrar para fora da porta. Ele nos diz, em essência, "Se vou te entregar o Meu Filho em matrimônio, não pode haver outra atração em tua vida. Quero estar seguro de que não estás cobiçando algo ou alguém que não seja Cristo. O teu sonho mais excitante, o que atrai mais fundo no teu coração, tem que ser o desejo de estar com Cristo".

Amado, isto explica muitos dos profundos sofrimentos de retos santos - que andam em fé. Pense: como Deus tirou os filhos de Israel do Egito? Ele tinha que colocá-los numa fornalha do sofrimento, para levá-los a ponto de gritarem: "Basta! Não quero mais ficar aqui". Então, quando chegou o momento de Deus dizer "Vão," estavam preparados para desarraigar-se e moverem-se para a Sua Terra Prometida.

Que Deus ajude a nos desengajarmos do espírito materialista destes tempos, e a transferir todo nosso afeto à Nova Jerusalém.

Nem Todo Sofrimento É Uma Prova


A Diferença Entre Ser Provado e Treinado...


Deus não se deleita com as provações de Seus filhos. A Bíblia diz que Cristo é compassivo conosco em todas as nossas provas, sendo tocado pelos sentimentos de nossas enfermidades. Em Apocalipse 2:9 Ele diz à igreja, "Conheço a tua tribulação, a tua pobreza...". Ele está dizendo essencialmente, "Sei o que você está atravessando. Você pode não entender, mas estou sabendo de tudo".
É essencial que compreendamos esta verdade, porque o Senhor efetivamente testa e prova o Seu povo. As escrituras dizem, "Tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata" (Salmo 66:10). "Vossa fé ... é provada pelo fogo" (1 Pedro 1:7). "O Senhor prova o justo" (Salmos 11:5).
De fato, todo aquele que segue a Jesus enfrentará aflições. O salmista escreve, "Muitas são as aflições do justo" (Salmo 34:19). Paulo revela ter "Muita tribulação e angústia do coração ... com muitas lágrimas" (2 Coríntios 2:4). E Hebreus descreve os santos que são, "desamparados, afligidos e maltratados", "suportando grande combate de aflições" (Hebreus 11:37, 10:32).
O fato é que a Bíblia fala muito sobre o sofrimento, tribulações e problemas na vida dos crentes. De acordo com o salmista, "A minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura" (Salmos 88:3). Igualmente Davi diz suportar, "muitos males e angústias" (71:20).
Não vejo um único seguidor de Jesus que não tenha suportado todas estas coisas mencionadas nas escrituras: provações, tribulações, problemas, aflições, angústia. Sei que posso dizer com Davi, "Tenho suportado muita dor, grandes problemas e provações". E sei que muitos outros que estão lendo esta mensagem podem dizer, "Esse é o resumo de minha vida neste momento. Estou enfrentando provas e aflições angustiantes".
Por esta razão, todo cristão deve saber e aceitar que Deus tem um propósito em todo o nosso sofrimento. Nenhuma prova entra em nossas vidas sem a Sua permissão. E um dos propósitos de Deus por trás de nossas provações é produzir em nós uma fé inabalável. Pedro escreve, "Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo" (1 Pedro 1:7). Pedro chama a estas experiências "prova(s) de fogo" (4:12).
Paulo testifica ser afligido com provações já na fase de término da carreira - havendo vencido a prova da fé. Ele escreve "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2 Timóteo 4:7). Naturalmente, Paulo sabia que ainda tinha muito por fazer. Havia grandes provas e sofrimentos pela frente. Porém podia honestamente dizer: "Eu posso não ter compreendido Cristo como queria e nem ter sido aperfeiçoado. Mas quando se trata de fé, e confiando em Deus em meio à toda provação, sei em quem tenho crido e estou convencido. Quando o inimigo vem como inundação, sei que o Senhor levantará uma bandeira contra ele. E tenho aprendido tudo isto na fornalha da aflição".
Compartilho este testemunho com Paulo. Pela graça de Deus, o Espírito Santo tem me permitido atravessar inúmeras provas em anos recentes, sendo a mais difícil o falecimento de nossa neta de doze anos, Tiffany. O Senhor deu força e fé em meio àquela dolorosa provação, e saí da mesma dizendo, "Sei em quem tenho crido e sei que Ele tem um plano. Deus não permitiria este tipo de profunda dor sobre mim ou minha família sem um propósito por trás de tudo. Oh, Senhor, entrego-Te isto pela fé".
Pense em sua própria provação ou no sofrimento presente. Tem tido dúvida, temor ou raiva ao suportá-lo? Tem acusado Deus de pôr muita carga sobre você, de colocar-lhe à prova desnecessariamente? Está a ponto de se dar por vencido, pensando, "Tenho sido fiel ao orar, ler a Bíblia, ir à igreja, porém nada funciona"?
Ou ainda pode olhar para o céu e dizer, "Eu sei que o Senhor é bom. E vou confiar nEle em meio a isto. Não viverei em dúvida, Ele vai me tirar dessa - para a Sua glória". Se isto o descreve, então sua fé suportou o fogo. Porém se não, tenho que lhe perguntar: quantas provas e aflições mais você suportará antes de poder dizer, "Minha fé prevaleceu"?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

As três faces de Deus


DEUS DE MILAGRES
O Pastor David Wilkerson (Teen Challenger) escreveu em um livro uma parte do seu testemunho mais ou menos assim:"...Houve um tempo, no começo de meu ministério que tudo o que eu pedia a Deus, Ele me respondia. Eu me sentia ótimo.Maravilha!
DEUS COMO SENHOR
Continuando ele: "... Depois de grande sucesso e respeito ministerial, também chegaram dias bem diferentes: Tudo que eu pedia o SENHOR não respondia mais. Eu fiquei muito desapontado e confuso. Cheguei mesmo a achar que tinha um pecado escondido na minha vida."
DEUS COMO PAI
Terminando: "...Então eu orei reclamando a Deus: " Pai, se tudo o que peço eu não recebo mais, o meu minstério vai por água abaixo! Lembra, Senhor, de quando aquilo que eu pedia o Senhor respondia bem na hora? Do jeito que está hoje, minha fé só está afundando..." Então, depois de um longo silêncio de Deus, e por causa da última oração o Senhor finalmente falou bem no fundo da minha alma: Filho, quando oravas e recebia resposta imediata, não tinhas fé, pois, não precisavas dela. Então para corrigir isso deixei aparentemente de te ouvir. A tua fé cresce,justamente, enquanto espera em mim pela resposta."

CONCLUSÃO
No começo da vida cristã, o Senhor nos alimenta com "leite" a nossa fé nos incentivando a prosseguir.Depois, já mais grandinhos, ele para com alimento antigo (as mamadeiras), e aí, desnorteados, confusos, ficamos em crise existencial. Ele está então agindo como SENHOR. Nem tudo o que pedimos é da vontade Dele, ou a resposta virá mais tarde no tempo apropriado.Para corrigir maus hábitos adquiridos durante a vida cristã, quem sabe más interpretações da sua palavra - Ele atua como PAI corrigindo nossas atitudes e maneiras infantis de pensar.
*A semelhança do Pr. Wilkerson, é muito natural que em algum momento de nossas vidas passemos por situações parecidos. Graças ao Senhor por isso!

Frases e conselhos do evangelista Moody


"Orei por fé e pensei que qualquer dia a fé desceria e me atingiria como o relâmpago. Mas a fé não pareceu vir. Um dia li em Romanos 10, " A Fé vem pelo ouvir, e ouvir pela Palavra do Deus." Então abri minha Bíblia e comecei a estudar, e a fé vem crescendo desde então."

"Você vai encontrar centenas de censuradores entre cristãos professos; mas toda a crítica deles não conduzirá uma única alma a Deus."

"Um homem pode falsificar o amor, pode falsificar a fé, pode falsificar a esperança e todas as outras virtudes, mas é muito difícil falsificar a humildade."

"O caráter é o que você é na escuridão.O mundo não entende a teologia ou o dogma, mas ele entende amor e a compaixão."

"A tendência do mundo é para baixo - o caminho de Deus é para cima"

"A obediência quer dizer marchar em frente quer sentirmos ou deixarmos de sentir alguma coisa. Muitas vezes andamos contra as nossas sensações. Fé é uma coisa, e sensação é outra."

"O cristão de joelhos vê mais do que um filósofo nas pontas dos pés."

'Deus não despede ninguém vazio exceto aqueles que são cheios de si mesmos."

Pequenos números não fazem nenhuma diferença para Deus. Não há nada pequeno se Deus estiver nele."

"Acredito que satã existe por duas razões: primeiro, a Bíblia diz que sim; segundo, já negociei com ele."

"Tenho mais preocupações com D. L. Moody do que com qualquer outro homem que alguma vez me encontrei."

"Deus não tem nada para dizer a justos aos seus próprios olhos."

"Quando um homem não tem nenhuma força, se ele se inclinar diante de Deus, ficará poderoso."

"As tentações parecem-se com vagabundos. Trate-as amavelmente, e elas retornarão trazendo outras com elas."

"As tentações nunca são tão perigosas a não ser quando elas nos vêm sob um traje religioso."

"Se eu caminhar com o mundo, eu não posso andar com o Deus."

"Podemos suportar melhor a aflição do que prosperidade, já que na prosperidade nos esquecemos de Deus."

"Tenha coragem. Andamos no deserto hoje, e na Terra Prometida amanhã.'

"Buscar o perpetuar do nome de alguém na terra é como escrever na areia da praia; para ser perpétuo ele deve ser escrito em costas eternas."

"Acredito que a família foi estabelecida muito antes da igreja, e o meu dever é primeiro com minha família.Não devo negligenciar minha família."

"Sinto que Jesus Cristo deveria ter um representante muito melhor do que sou. Mas já vivi por muito tempo, o bastante para descobrir que não há nada perfeito neste mundo. Se você for esperar até que encontre um pregador perfeito ou que melhore as reuniões, temo que vai precisar de um milênio"

"A lei pode me dizer quão torto eu sou. Mas quando a graça vem, endireita-me."

"Uma vida consagrada produzirá uma impressão mais profunda. Os faróis não carregam nenhuma buzina; eles apenas brilham."


Dwight Lyman Moody (1837 - 1899)

domingo, 30 de agosto de 2009

"ADESTRAMENTO CRISTÃO"


"Crente é um bicho estranho. Você grita "AMÉM?" e ele responde gritando o mesmo. Se perguntar pela segunda vez, ele responderá mais alto. Se no meio do louvor você gritar "pule na presença do Senhorrrrrrrr", então eles pulam. Se você dançar de modo estranho, verá correspondência imediata nas pessoas.Sua linguagem é facilmente influenciável por jargões. Basta pegar qualquer expressão bíblica cujo significado seja obscuro para a maioria, e pronto! Também colam as expressões inventadas que possuem aparência de espiritual, como por exemplo "ato profético". Difícil de crer que nem existe esta expressão na Bíblia né?Facilmente também estereotipamos outras coisas que fazem do crente um ser quase alienígena: os lugares que frequenta, o conteúdo de suas conversas e a aversão às coisas "do mundo".Pena quem os crentes não são condicionados a obedecer a todo tipo de "comando". Parece que o adestramento a que foram submetidos possui limitações. Nem todos aceitam sugestionamentos que os levem a renunciar a seus interesses; ou dividirem suas posses com os necessitados; ou mesmo disponibilizar tempo para aqueles que estão abandonados em asilos, orfanatos e nas ruas.Ah… antes que eu me esqueça, quero deixar claro que amo os crentes. E exatamente por ser um deles é que me incomodo tanto com estas coisas incompreensíveis que aceitamos passivamente em nossa conduta.

E O HOMEM DISSE A DANIEL...


Daniel 10.12
"Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar o entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas"
Este versículo ilustra bem como um homem que propõe em seu coração servir ao Senhor com toda sua vontade e sinceridade não fica sem orientação e auxilio no que deve fazer.A vontade de Daniel era agradar a Deus e assim ia vencendo as barreiras que apareciam em seu caminho.Amava o seu povo e o seu Deus, sua fé era sua regra de vida, desta forma cumpria honestamente com o seu dever sendo um bom político (raro heim). Este jeito de ser despertou muito ciúmes, inveja entre os políticos e religiosos que o cercavam, armaram uma cilada e assim Daniel preferiu encarar a cova dos leões a perder sua fidelidade com seu Deus.Além de receber o livramento da cova dos leões, foi recompensado com uma série de visões e revelações sobre o futuro, o sofrimento de Israel, a redenção através de Cristo, sobre a ressurreição dos mortos e do fim da atual dispensação.Um belo exemplo para não deixarmos o medo tomar conta de nossos corações, se nossa decisão em viver com Cristo já foi tomada, devemos insistir em buscar o entendimento na Palavra e humilhar-nos diante Dele.
Com certeza, nossas palavras serão ouvidas, e a resposta virá...
O Deus de Daniel é o nosso Deus!
Amém!
(transcrito)